terça-feira, 20 de setembro de 2011

Simbolismo de Ankh

Porque é que em alguns sites de vampirismo se vê a cruz egípcia Ankh ?

Porque os vampiros têm vida eterna, e Ankh simboliza a vida Eterna, é nome do símbolo hieróglifo egípcio para "vida".

Na cultura pop, o símbolo foi associado pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme “The Hunger “ ( Fome de Viver ; 1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usa Ankhs egípcios, aguarda as suas presas…

  Ankh, conhecida também como cruz ansata, era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida. Conhecido também como símbolo da vida eterna. Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Hoje, é usada como símbolo pelos neopagãos. A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.

Ankh, é considerada como o símbolo da continuidade da vida, da eternidade, da imortalidade e da vida após a morte. Um dos símbolos mais importantes da tradição egípcia, ela é encontrada a partir da quinta dinastia egípcia, mais freqüentemente nos templos de Luxor Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu.

O Ankh pode ser encontrado, inclusive, no túmulo de Amenhotep II, onde o deus egípcio Osíris entrega ao faraó a Ankh, que o concederia o controle sobre o principio dos ciclos naturais, conquistando assim o dom da imortalidade. Trata-se de um símbolo muito importante no Rosacrucianismo.

A Ankh, sagrada chave que abre as portas da Vida Eterna, é exibida ritualisticamente na mão dos deuses do panteão do Antigo Egito, e Aton, o Disco Solar, apresentado pelo faraó Akhenaton como o único Deus, estende-a nove vezes ao mesmo tempo para os habitantes do Plano Terra, conforme se acha retratado em painéis daquela misteriosa civilização.

Nenhuma outra civilização antiga fascinou a mente dos místicos tanto como a egípcia. Os ocidentais brancos foram buscar ali os elementos com que construíram não só as teorias de suporte para as suas ordens e fraternidades esotéricas, como se apoderaram de símbolos da religião Kemetica e os estilizaram a seu gosto, criando novas versões para antigos enunciados dogmáticos. Um desses símbolos, muitas vezes transformado em mero signo (símbolo misticamente morto) é a Ankh, que esses esoteristas europeus e americanos passaram a chamar de Cruz Ansata, muitos deles tentando provar, sobre os mais sofisticados sofismas, que esta seria a matriz da Cruz Cristã.

A Ankh pertence a Maat, filha de Ra e consorte de Thoth, associada ritualisticamente a Ptah e a Anpu (Anubis). A Ankh foi introduzida no moderno Rosacrucianismo pelo Mestre Alden (Dr. Harvey Spencer Lewis, Primeiro Imperator da AMORC).
É simplesmente impossível a um não-iniciado entender o pleno significado da Ankh, inclusive como chave da vida material.

A Ankh é um emblema da Força, a Vontade emanada de Si própria que tira constantemente do Nada Aboluto o substrato com o qual plasma a materialização dos mundos. Como e porque esse emblema teria sido gravado no inconsciente coletivo dos antigos egípcios é uma questão muito complexa, envolvendo uma série de fatores e circunstâncias, cuja análise daria material para vários livros. Tudo o que pode ser dito aqui é que isso produziu efeito circular na interação Deuses-Homens, resultando daí a assunção do Faraó como Deus Vivo.

A Ordem de Maat publica uma página (em inglês) sobre a Ankh, onde é feita referência às suas qualidades eletromagnéticas. Essa página pode ser acessada clicando-se em http://www.maat-order.org/order/maatankh.htm (é interessante que vocês dêem uma olhada nela, mesmo que não saibam inglês o suficiente para entender tudo o que está escrito lá). Há imagens interessantes e vocês verão, inclusive, a Ankh como tema de arte moderna e de joalheria, para adorno das vaidades e para a execução de rituais esotéricos modernos.

Quando se fala em chave da Vida Eterna, referindo-se à Ankh, a primeira idéia que vem à mente dos ocidentais brancos é a da reencarnação. Na verdade, os antigos egípcios não acreditavam em reencarnação, mas, sim, em Vida Eterna, tal e qual esse tipo de existência é anunciado para os ocidentais por Jesus, quando diz “Um homem só vive uma vez”. Para os antigos egípcios, concluída a existência material tinha início uma outra – esta perene -, mas para chegar a ela era necessário o concurso dos vivos, para que o morto, inclusive, pudesse vencer certos obstáculos, como, por exemplo, ser despedaçado por Apophis, a representação do Mal.

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