sábado, 24 de setembro de 2011

A Wyrm

Acima de tudo, os Garou odeiam e temem a Wyrm. Deusa, demônio, geradora de monstros, personificação da decadência, manifestação do lado negro dos Garou -seja qual for a natureza da Wyrm, os Garou a temem desde o alvorecer dos tempos. É irônico, portanto, quão poucos detalhes são conhecidos sobre a Wyrm. Embora os Garou tenham lutado contra os lacaios da Wyrm através das eras, os lobisomens ainda não  conhecem praticamente nada sobre sua inimiga. Decerto, nenhum Garou (salvo, talvez, um Dançarino da Espiral Negra), falou ou se encontrou com a própria Wyrm. Ela se faz presente apenas através dos atos de seus servos. De fato, alguns lobisomens questionam a existência da Wyrm como uma entidade separada e distinta de suas legiões de lacaios selvagens. Ainda assim, parece existir uma inteligência maligna de algum tipo guiando os Malditos, os Fomores e outras criaturas. A maioria dos Garou aceita a existexistência da Wyrm, se não pela fé, ao menos pelo horror e destruição que ela costuma gerar. Descobertas recentes indicam a existência de três aspectos principais da Wyrm, cada um com sua própria facção e lacaios. São eles: Fera da Guerra, um aspecto selvagem que aparentemente existe apenas para disseminar a violência e a entropia; o Devorador de Almas, que se alimenta de matéria, energia e também de espíritos; e a Wyrm Corruptora, aspecto insidioso dedicado à contaminação da sociedade humana.
 
 
A Corrupção da Wyrm

A Wyrm adora seduzir o mais implacável de seus inimigos, o Garou, para trabalhar a seu serviço. Indivíduos, matilhas e até mesmo tribos inteiras de Garou (veja Dançarinos da Espiral Negra, adiante) já sucumbiram ao encanto da Wyrm. A Wyrm costuma iniciar sua tentação encontrando um Garou que tenha caído em desgraça ou que esteja descontente, um lobisomem mais preocupado com dilemas mortais que com uma batalha abstrata contra o Mal. Seus lacaios, escondidos sob vários disfarces ardilosos, em seguida oferecem ao Garou alguma coisa que alivie seu dilema - como um ritual, um poder menor, um conhecimento oculto - em troca de "um pequeno favor", como uma informação aparentemente trivial ou um fetiche "do qual ninguém dará falta". Quando afloram os resultados catastróficos desse ato, o Garou é acusado de traição e passa a ser caçado. Obviamente, os Malditos ou Dançarinos da Espiral Negra ficam felizes em ajudar o caçado — em troca de outro favor, desta vez um pouco maior... e assim por diante. A essa altura, a decadência espiritual é inevitável. Os Garou que passaram para o lado da Wyrm talvez sejam as maiores ameaças à raça como um todo: eles conhecem as localizações secretas dos caern, as datas das assembléias, e os segredos das tribos. À medida que o poder da Wyrm aumenta, a traição torna-se cada vez mais comum. Isto por sua vez leva as tribos e as seitas a se tornarem mais paranóicas, mais xenofóbicas. Em sua vigilância contra ameaças escondidas, os Garou desprezam aliados potenciais. Equívocos geram equívocos; irritação leva ao ódio e daí à violência. E em seus refúgios sombrios, a Wyrm geme de prazer...

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